"Quando se trata de qualidade de produção e eficiência de custos, Vigo é referência."

Anne Abboud, chefe da divisão de veículos comerciais Stellantis Pro One, lidera um setor que é essencial para a empresa porque ela é líder indiscutível no mercado de veículos comerciais na Europa, Oriente Médio e América do Sul.

Manter essa posição de liderança é crucial para as fábricas da marca e para a diversificação de sua oferta. Duas das principais fábricas de veículos comerciais da Stellantis são Atessa, na Itália, e Vigo, na Espanha.

- Qual é o plano para as vans K9 (Citroën Berlingo, Fiat Doblò, Opel Combo e Peugeot Partner) montadas na fábrica de Vigo e qual o papel que elas desempenham no universo Stellantis Pro One?

- O K9 é fundamental porque é o melhor modelo da oferta comercial da Stellantis, por isso é crucial que a fábrica de Vigo opere em alto nível. Em muitos aspectos, quando se trata de qualidade de produção e eficiência de custos, Vigo é referência.

- Qual é a sua opinião sobre a situação do mercado de vans elétricas em comparação com as a diesel e outras opções?

Lançamos uma segunda geração de veículos elétricos com maior alcance e capacidade aprimorada em meados de 2024. A proporção é de 9% de veículos elétricos. Atualmente, detemos uma participação de mercado global de 30,3% com nossos produtos.

- Como vocês estão trabalhando para promover a venda de veículos elétricos para cumprir com os padrões de emissões?

Estamos fazendo tudo o que podemos para promover a combinação de motores elétricos e de combustão. Lançamos o K9 elétrico em nossa linha há seis semanas para o mercado espanhol. Estamos expandindo a gama ao máximo, mas ainda estamos em 9%, e o setor não está evoluindo tão rápido quanto nós.

-Há planos para expandir o portfólio de veículos comerciais para veículos híbridos plug-in?

Estamos fazendo tudo o que podemos para atender às necessidades dos clientes, e a tecnologia híbrida plug-in é parte da solução. Ela está chegando.

- Qual é a mistura de modelos elétricos entre veículos grandes e pequenos?

- É diferente. Entre os modelos grandes, é de 4%, mas entre os modelos médios, como o K9, é de 16%. Os modelos menores são principalmente elétricos, pois são mais usados ​​em áreas urbanas.

Como a tendência de maior produção de veículos elétricos afeta as linhas de produção?

- A tendência é clara: há cada vez mais carros elétricos, e estamos trabalhando para adaptar nossas fábricas à demanda. Há alguns anos, isso representava apenas 20% da produção, e agora está em torno de 30%.

- O que você acha da opção de motores a hidrogênio para veículos comerciais?

- Não estamos prontos. É uma técnica muito complexa, então não estamos prontos para colocar mais carros nas ruas com essa tecnologia.

- O que você acha da concorrência de novos veículos comerciais vindos da China?

- Não há muitas empresas oferecendo nada neste segmento no momento. Elas estão nos atacando principalmente pelo preço. Isso significa que precisamos oferecer uma oferta mais abrangente para nossos clientes, juntamente com um atendimento personalizado. Acredito que a resposta está em oferecer aos clientes uma solução sob medida para suas necessidades, algo que oferecemos na Stellantis Pro One com nosso serviço CustomFit.